Opinião: Oposição vitoriosa, situação inconformada: quando a democracia não basta, uma análise sobre a política de Santa Cruz
É notório que o grupo político ligado ao tombismo ainda não assimilou a perda de espaço. Preferem o embate raivoso à reflexão, o ataque à autocrítica. Ignoram que a vitória da oposição foi construída com base em diálogo, planejamento e união. Um processo iniciado ainda um ano antes da eleição, com o movimento “Juntos por Santa Cruz”, que teve o mérito de aproximar lideranças e consolidar um projeto coletivo de mudança.
A eleição foi uma resposta popular à estagnação. O favoritismo da ex-prefeita Fernanda Costa no início da campanha não resistiu à força de uma oposição que, mesmo começando atrás, soube agir estrategicamente. Cresceu, dialogou com os bairros, trouxe propostas e venceu. Isso é democracia. E quando a política se faz com respeito ao povo, não há espaço para o ressentimento.
A insistência em atacar, difamar e criar narrativas de desconstrução contra a nova gestão demonstra não apenas inconformismo, mas um desprezo pela vontade soberana da população. Quem não sabe perder, também não soube governar. E quem acredita que o poder é um direito hereditário, esquece que em política, como disse o próprio deputado, tudo é dinâmico — inclusive o desejo de mudança.
Está na hora de respeitar a decisão das urnas e compreender que a política se faz com projetos, não com birra. A oposição venceu porque apresentou um caminho. À situação derrotada, cabe fazer o mesmo — se quiser voltar um dia com dignidade.
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